Crítica: Tenet – impedir o fim do mundo e sobre a volta dos longas nos cinemas

Foto: Divulgação

Por Rayana Garay

Nada melhor que dar o pontapé inicial do retorno das cabines de cinema tendo uma grande produção. Nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, estreia o longa Tenet (2020), da Warner Bros. Pictures, sob direção e roteiro de Christopher Nolan

Ainda, busco uma palavra que possa descrever às 2h30m do período que assisti o filme. Mas gente, que saudade estava das grandes telas, hein! Voltando…

Complexo: foi o termo que achei para compor essa crítica, pois é importante salientar que não é qualquer filme. Não é uma simples produção. Há todo um contexto e se você não prestar atenção, certamente poderá ficar perdido. Há um tempo subverso no enredo e por isso ocorre diversas cenas que acabam se repetindo, porém num outro contexto e outro olhar. 

De fato, o longa Tenet apresenta reflexões dos processos de produção de armas. Remete até que ponto os seres humanos chegarão para, então, conquistar uma grande arma e assim ter controle da sociedade. O filme é sim uma ficção científica, mas acaba te prendendo tanto no contexto que até parece ser real. Não é de hoje que imaginamos um mundo subverso, no qual as coisas são bem ao contrário e não poderia ser tão bem retratado neste filme. 

Tenet conta a participação dos atores John David Washinton como o Protagonista, além de Robert Pattinson, como Neil, Kenneth Branagh, Andrei Sator, e as atrizes Elizabeth Debicki, como Kat, Dimple Kapadia, como Priya

Além disso, o longa contem cenas de tirar o fôlego, que são muito bem acompanhada da trilha sonora de Ludwig Göransson. Combinação perfeita que tem como cenas de ação desde o primeiro momento. Imagina ter balas que podem te atingir, mas que você não consegue ver e também voltam para o cartucho da bala. Confusão, não?! É o processo inverso, isso entre outras situações são encontradas no filme, pois não vou dar tanto spoiler assim, mas preciso destacar, novamente, a complexidade do filme, pois, embora seja a intenção do roteiro, é preciso ter novamente um olhar atento para entender melhor o contexto. 

Sim, como qualquer outro longa, no final é retratado o grande clímax, mas para quem for assistir pode sim se incomodar, entretanto garanto que depois se encantará com essa grande obra. 

Atento também as performances dos atores que são impecáveis. Destaque para John David Washinton por interpretar de forma tão peculiar o Protagonista que acaba se metendo em diversos contextos que mexem sim com quem assiste, além disso, o seu companheiro na busca de impedir o fim do mundo, o Robert Pattinson que atua de forma duvidosa durante a trama, no entanto aos poucos percebe-se o motivo. 

Tenet
Christopher Nolan
Nota: 4,5/5,00
Ação.Ficção científica/2h30m

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