Crítica: Zumbilândia: Atire Duas Vezes

Por Rayana Garay

Com o intervalo de dez anos, a sequência do longa “Zumbilândia: Atire Duas vezes“, distribuição de Sony Pictures e sob direção Ruben Fleischer, apresenta propostas melhores do que o primeiro. Isso porque os elementos cinematográficos contribuíram bastante com o roteiro, que traz referências da invasão zumbi tendo como heróis Columbus (Jesse Eisenberg), Wichita (Emma Stone), Little Rock (Abigal Breslin) e Tallahasse (Woody Harrelson), que foram até então os únicos sobreviventes.

O dilema passa a permear nessa comédia zumbi pelo fato deles já estarem há bastante tempo realizando as mesmas ações e Little já se tornou adulta procura maneiras de ter outras experiências como por exemplo, o amor. Já com o casal, que só então tinha se assumido no final do longa anterior, está preste a dar um passo maior na relação: casamento.

Como já conhecemos essas personagens femininas podemos imaginar que não seria tão fácil para elas aceitarem essas mudanças ou não mudanças. Uma querendo novas aventuras, pessoas de sua idade e ter um relacionamento; a outra, achando um pouco cedo ser noiva, que talvez o papel não se encaixaria tão bem para ela. A partir do roteiro que já conhecemos de Rhett Reese, Paul Wernick e agora com David Callaham, o desfecho acaba sendo o mesmo do anterior, porém personagens novos são acrescentados. Eles fazem com que apresentem novos elementos para o longa, pois com abandono das mocinhas, tanto Columbus e Tallahasse acabam ficando perplexos. Puderá né, Columbus estava todo empolgado com o pedido, porém teve uma surpresa com reação da amada. Já Tallhasse não entendeu as vontades de Little Rock, que durante todo esse período protegeu como filha tratando como tal.

Enquanto os dois realizavam suas atividades matinais acabam encontrando Madison (Zoey Deutch), uma tal loira burra como é apresenta durante o filme. Madison com toda sua beleza, ingenuidade e também sedução, acaba conquistando Columbus que solve levá-la junto com eles. É claro que nosso cara durão, Tallhasse, não gostou nada dessa história, ainda mais tendo que lidar com a personalidade da loira, que trouxe – serei audaciosa em dizer – o melhor da parte cômica do longa. Você deve estar se perguntando: “Tá, mas e os zumbis?“. – Calma, estamos chegando lá. Eles aparecem em alguns momentos no início do filme, quando se trata da narração de Columbus para situar tal ocasião e é claro: suas regras. A equipe já estava bem prepara tanto de equipamentos que juntaram durante esse tempo, como também de experiência em lidar com os terríveis zumbis, no qual foram clássicos por tipo – como pode se perceber zumbi também sofre evoluções.

A trama passa a se desenrolar com a volta repentina de Wichita, que foi deixada para trás pela sua irmã mais nova. Little Rock encontrou seu possível amor e eles saíram em busca de paz, literalmente.

Para felicidade e também infelicidade de Columbus, que passa a lidar com as duas relações, Wichita se mantém fria e acaba levando quase numa boa a situação com seu ex amor. Os quatros saem em busca da caçula da família, onde acabam se metendo em diversas furadas.

Zumbilândia: Atire Duas vezes” é um longa divertido, engraçado e traz reflexões sobre nossas ações. A produção pôde conquistar uma grande evolução comparado com o longa de 2009, afinal, foram dez anos. Isso proporcionou amadurecimento também do elenco, que desenvolveu um belíssimo trabalho. O longa não perdeu sua essência, só ganhou qualidades principalmente pela parte técnica: fotografia com imagens certeiras em determinados momentos, sendo utilizados efeito slow motion. Alem disso, a trilha sonora foi escolhida perfeitamente proporcionando momentos significativos.

Zumbilândia: Atire Duas vezes” estreia nesta quinta-feira, dia 24 de outubro, nos cinemas brasileiros.

Zumbilândia: Atire Duas vezes
Ruben Fleischer
Nota: 3,00/5,00
Comédia Zumbi.Ação/ 1h39m

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