Encontro de duas gerações do samba

Em uma outra resenha sobre um show, escrevi que o samba é estilo universal e que está nas veias dos brasileiros. Reforço essa frase neste texto, pois depois do que vi na última sexta-feira, 23, no Auditório Araújo Vianna, foi notoriamente a comprovação de que o gênero permeia por diversas gerações.

Idosos, famílias e crianças fizeram a composição de um espetáculo singular. Foi o ponta pé inicial do projeto “Samba Samba, Minha Gente“, que trouxe para o palco dois ícones do samba, Martinho da Vila e Diogo Nogueira. Era o encontro da velha geração do samba com a nova.

Martinho da Vila em show de estreia na capital gaúcha do projeto “Samba Samba, Minha Gente”
Foto: Rayana Garay/ProjetoFragmentado

A canção “Brasileiro” deu início ao show de Martinho da Vila, que cantava para cerca de 4 mil pessoas. O auditório estava completamente lotado. Havia pessoas em todos os lugares, cantando e se divertindo no evento. Era impossível ficar parado. Ouvir um estilo dançante e assistir um artista reverente no palco deixou alguns inquietos no local, puderá quem conseguiria ficar desanimado? O espetáculo seguia com as músicas “Escuta, Cavaquinho”, “Jaguatirica”, “Amanhã é Sábado” e a clássica canção “Mulheres”, que teve a participação mais que especial de Diogo Nogueira.

Logo em seguida vieram “Danadinho Danado”, “Me Faz Um Dengo” e “Disritmia”, que fez a plateia levantar e cantar junto. Encerrando a sua apresentação, Martinho instigou a galera, é claro, “Canta Canta, Minha Gente” não podia faltar. Como todas suas letras, essa surgiu para reforçar um apelo: “a vida vai melhorar”. Faltava, agora, o show ficar completo com a nova geração do samba.

Diogo Nogueira prestou homenagem ao clássicos d samba
Foto: Rayana Garay/ProjetoFragmentado

As primeiras notas indicava que Diogo Nogueira começaria seu show com a música “Porta Voz da Alegria”. Depois veio o sucesso nas rádios atualmente com “Alma Boêmia”, que foi cantada junto pela galera. Durante a apresentação, Nogueira interagia com o público e até sambava. Ele distribuía, também, simpatia, carisma e musicalidade no palco.


O artista prestou homenagem as músicas clássicas do estilo como “Uma Prova de Amor”,  “Deixa eu Te Amar” e “Ex Amor”. O segundo encontro de gerações  foi na canção “É Preciso Muito Amor”, quando Martinho da Vila retornou ao palco.

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