Musical Évora retoma atividades no Theatro São Pedro e Multipalco como mais uma opção cultural da cidade

Foto – Leonardo Kirkhoven

O projeto se consagra como mais uma oportunidade de apresentações para músicos de estilo erudito, em meio a um cenário onde a classe artística foi muito afetada.

Nesta quarta-feira 22 de setembro o Musical Évora retoma suas atividades, todas as quartas-feiras úteis, sempre às 12h30. Com foco em apresentações de música erudita, o primeiro artista desta reestreia do projeto é o cravista Fernando Cordella, com o recital A História do Cravo, que ocorrerá no Foyer Nobre do Theatro São Pedro – instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). As próximas semanas irão ocorrer na Sala da Música do Multipalco Eva Sopher, local onde ocorria há mais de seis anos. Respeitando todos os protocolos de higiene e distanciamento, desta vez, o limite de público estará restrito a 40% da capacidade de cada espaço (50 lugares no Foyer Nobre e 60 lugares na Sala da Música- para melhor organização, haverá distribuição de senhas a partir das 12h). O Musical Évora tem o patrocínio da Évora Holding Company, realização da Associação Amigos do Theatro São Pedro e produção da Fundação Theatro São Pedro.

O projeto consolidou-se como palco de inúmeros artistas locais, nacionais e internacionais e promete oferecer ao público a mesma qualidade, com excelentes apresentações de diferentes instrumentos e estilos da música erudita. Há mais de 20 anos, o projeto iniciou com o nome de “Música ao meio-dia”, logo após tornou-se “Musical Petropar” e, mais recentemente, “Musical Évora”. Após mais de um ano sem apresentações, por conta da pandemia da Covid-19, os músicos terão mais uma oportunidade de apresentar o seu trabalho ao público, com apresentações gratuitas, todas as quartas-feiras úteis, sempre às 12h30, com duração de aproximadamente 45 minutos.

O programa da reestreia, no dia 22 de setembro, traz obras representativas dos principais autores e contextos da história do cravo, partindo de Frescobaldi, um dos precursores da literatura cravística, percorrendo várias conexões de mestres e discípulos, como Couperin, Bach e Scarlatti, até chegarmos a Händel, em cuja obra se consagra próxima a transição do cravo ao piano. 

A estrutura do programa se organiza em blocos cronológicos e nacionais, começando-se com a música italiana, fonte e referência das demais tradições, no final da Renascença, ilustrando o Barroco francês e nele encontrando, com Bach, os parâmetros de transição para a música germânica, consagrada ao cravo. Segue para Scarlatti, contemporâneo de Bach, encerrando o concerto com uma das obras que exploram a virtuosidade e a teatralidade expressiva do instrumento e técnica: a Passacaille em Sol menor, de Händel.