Espaços online para os escritores

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Livro impresso ou livro online? Qual é o melhor formato para os escritores e para os leitores nos dias atuais? Na verdade, para a romancista Stephanie Caroline, a pergunta é outra: será que é mesmo preciso escolher?

Em tempos de isolamento social e outros cuidados que ainda precisam ser tomados e que mudaram radicalmente alguns mercados, entre eles, por exemplo, o editorial, é preciso repensar as formas de consumir, ou mesmo de encaixar, a literatura.

“Os espaços online, desde o formato de e-book, a venda para Kindle, e mesmo as redes sociais que nos permitem um contato direto com o público têm salvado a vida de quem escreve”, explica a escritora Stephanie Caroline, autora de sucessos como Deixe-me Roubar seu CoraçãoNada é por Acaso13 Contos de Amor ou NãoDiário da Garota em CrisePara Sempre e o novíssimo Amor, Destino Final.

Com uma predileção por personagens com um toque de vida real, como ela mesma diz: “gente como a gente”, Stephanie vê nos espaços online uma forma de seguir atuante durante esse período de mudanças e, principalmente, de entender mais o que os leitores querem receber de quem escreve: “eu tenho uma troca muito bacana com quem me segue no Instagram, por exemplo, faço leituras coletivas via WhatsApp e acabo tendo essa conexão com as pessoas”.

As leituras coletivas são um outro espaço online importante para os escritores: “nas leituras, eu sinto o feedback  e como o livro impacta quem lê de forma quase imediata, é incrível”, explica a escritora. Ela também lembra que as leituras coletivas ajudam a formar grupos de pessoas com interesses similares, o que é riquíssimo em tempos de distanciamento social.

“Gosto de contar histórias que criem identificação, gerem reflexões, de alguma forma ajudem as pessoas a lidarem com situações do cotidiano, ao mesmo tempo em que possam se distrair e sonhar”, revela Stephanie, que complementa: “para mim, os formatos online, seja dos livros ou dessa interação com o público, vieram contribuir para ampliar o mercado da escrita”.

“Com a pandemia, percebi que houve um aumento na busca por e-books, e, hoje, acaba sendo o formato que mais uso, e que também percebo sendo usado por outros escritores independentes”, lembra ela. “Temos que parar de encaixar a leitura, acreditar que só o formato impresso satisfaz quem gosta de ler. Leitores assíduos acabam se adaptando, e rapidamente”, finaliza.