Crítica: Mulher-Maravilha 1984, finalmente em solo gaúcho

Por Rayana Garay

O longa finalmente chegou em solo gaúcho, isso porque a estreia ocorreu no ano passado em algumas regiões do Brasil e em Porto Alegre (RS) acontece nesta quinta-feira, dia 14 de janeiro de 2021.

Não há como negar que a espera pelo segundo longa de Mulher-Maravilha 1984 (DC Comics), distribuído pela Warner Bros. Pictures e sob direção de Patty Jenkins, gerou grandes expectativas, afinal o sucesso do primeiro filme foi estrondoso. Mesmo assim, ressalto sempre que é preciso ter um olhar atento para cada longa e entender o contexto da trama, processo do roteiro e assim realizar uma análise de fato. 

Não busco comparar o legado, mas sim o impacto atual e qual seria a realidade da tão esperada história sobre a Mulher-Maravilha e foi isso que consegui captar. Percebi um contexto mais humanitário, processo de uma mulher vivendo na solitude e conquistando uma vida comum mesmo assim, embora tenha passado por diversas situações relatadas no filme anterior Mulher-Maravilha (2017).

O que se percebe é uma Diana, interpretado por Gal Gadot, totalmente independente e uma mulher sempre à frente, mesmo sendo retratado em 1984, que foi um período crescente do capitalismo e consumismo. O longa conta o processo que ela, princesa Diana, passou até chegar nesse período, ou seja, um breve relato de sua infância até os dias atuais daquele ano (1984).

Serei ousada em dizer que sim, o roteiro teve encaixe perfeito para apresentar o que a Mulher-Maravilha fez após a descoberta de quem realmente ela é. A trama contou com elementos importantes como os dois inimigos o Max Lord, interpretado por Pedro Pascal, e Mulher Leopardo, vivida por Kristen Wiig. Além disso, o retorno do seu amado Steve Trevor, interpretado por Chris Pine, que aparece em determinado período do filme para dar ainda mais embaçamento na história.

Objetivo não é dar spoiler, mas preciso mencionar sobre comentários desse longa e do que muitos esperavam: ação do começo ao fim. Digo mais ou melhor, escrevo mais, não era esse objetivo do longa, conforme mencionado acima, é um contexto do outro lado da Diana, uma mulher apaixonada que novamente precisa escolher entre seu amor ou salvar o mundo, por isso acaba pagando um grande valor por não conseguir se decidir. Não é uma Mulher-Maravilha fraca, mas sim captando vários contextos de épocas diferentes, vendo o quanto as pessoas acabam esquecendo do que realmente importa.

Para quem sua super-heroína luta? Por quem ela estava sempre defendendo? Anos sozinha e quando finalmente o impossível acontece, ela precisa escolher novamente. Cenário difícil de perceber para quem realmente espera ação do começo ao fim.

Para finalizar de uma forma mais direta: há sim cenas de ação, mas no momento certo e no contexto certo.

Mulher-Maravilha 1984
Patty Jenkins
Nota: 4,00/5,00
Ação.Ficção científica/2h35m