Crítica: O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Foto: Divulgação

Por Rayana Garay

O tão aguardado novo longa sobre a saga de “O Exterminador” chega as grandes telas com diversos questionamentos. Isso porque a franquia, que está no seu sexto filme, tem a ordem cronológica peculiar, já que Rise of the Machines (2003), Salvation (2009) e Genisys (2015) acabam destoando a história. Nesse sentido havia uma grande expectativa, para alguns nem tanto, ao saber o que o diretor do longa Tim Miller iria apresentar.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” é retratado como o terceiro filme da saga, ou seja, depois dos grandes sucessos de The Terminator (1984) e Judgment Day (1991), ele seria a continuação. Durante as cenas inicias, fica claro a intenção de retratar o que aconteceu com John Connor (Edward Furlong) e sua mãe Sarah Connor (Linda Hamilton) após intervirem o apocalipse. Dessa forma imagens do que seria o segundo filme são exibidos nesse atual, trazendo um contexto melhor sobre o desenrolar entre tanto filmes.

Não tem como negar, o longa é pura ação e adrenalina do começo ao fim. As cenas iniciais são compostas por novos personagens, porém que representam as mesmas intenções. Já que um exterminador Rev-9 (Gabriel Luna ) é enviado para matar Dani Ramos (Natalia Reyes). Obviamente ela seria uma pessoa importante no futuro (2042) e acaba sendo protegida pela Grace (Mackenzie Davis), uma enviada do futuro para salvá-la. O confronto entre Grace e Rev-9 inicia na industria onde Dani trabalha. Assustada junto do seu irmão Miguel Ramos (Diego Boneta), que também era empregado de lá, tentam se proteger de certa forma.

Grace consegue conter o exterminador por alguns minutos, enquanto eles fogem para estrada. Durante a fuga remete cenas do primeiro filme, tendo um caminhão em perseguição e é nesse contexto que acaba tendo ligações, já que a história passa a se repetir, no entanto com novas figuras.

Sara Connor surge de repente ajudando Grace a conter o Rev-9, que é muito mais forte do que ela já viu. As três acabam ficando juntas para tentar entender a situação: Sara que já havia passado por isso, quer compreender o que houve no futuro; Grace como uma humana aperfeiçoada, sentidos avançados e força muito mais resistente, quer proteger de todas as maneiras a Dani, que fica ainda mais sem entender o que realmente ela é.

Sara trouxe a questão de que Dani seria mãe de um líder da resistência, porém como no passado ela alterou o futuro, então de fato as coisas que sabia não iriam ocorrer. Somente Grace poderia explicar e mesmo assim precisava de ajuda. Tanto ela quanto Sara tinham as mesmas coordenadas para ir até um local. Nesse lugar elas teriam respostas e é claro ajuda.

Ao passarem por diversas situações, elas encontram uma casa nos Texas, onde é surpreendido pelo exterminador T-800, agora Carl (Arnold Schwarzenegger). Sua aparência mudou bastante remetendo ao um humano. Ele construiu uma família e sua percepção como máquina passou a se modicar, embora não tenha adquirido sentimentos. Os quatros decidem armar uma emboscada para eliminar o Rev-9, que de todos os exterminadores ele parceria ser o mais resistente.

É nesse contexto que tudo começa a ficar mais claro, porém para aqueles que já acompanham saberiam o desenrolar da história. Dani ao contrário do que foi Sara no início, se mostra muito mais empoderada, resistente e forte para enfrentar o exterminador. Ela não queria simples fugir, pois sabia que ia ser sempre assim. Ela lutou bravamente ao lado os veteranos Carl e Sara, agora ao lado de Grace que tinha informações importantes de 2042.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” é um excelente filme de ação, mas acaba perdendo no roteiro. A história é a mesma, porém com novos personagens, ou melhor dizendo, uma nova pessoa liderando a resistência. O público terá surpresas que pode acabar decepcionando, já que foram tantos outros filmes para se explicar a história. Quando finalmente chega o então terceiro filme sendo a continuação, fica cansativo talvez pelo fato dos longas anteriores. Ficamos sem saber lidar com desenrolar, embora diga “passe uma borracha no terceiro, quarto e quinto filme”, esse vai e vem de roteiro, alterações e adaptações perdeu-se o sentido.

A saga sempre teve destaque para os efeitos visuais, que são compostos por cenas inexplicáveis de ação e nesse não foi diferente. Surpreendeu todas as partes técnicas cinematográficas, porém esse longa teria todas as oportunidades para conquistar um público se não houvesse os anteriores e isso infelizmente não tem como esquecer. Pois ~ alerta de spoiler ~ exterminador construindo família, Sara caçando máquinas exterminadoras, humana aperfeiçoada, John nunca foi líder, embora essas questões sejam respondidas no longa, olhando fora do contexto parece estranho principalmente tendo sequência fielmente ligada a isso.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
Tim Miller

Nota: 4,5/5,00
Ação.Ficção Científica. 2h14m

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