Crítica: Predadores Assassinos

Por Rayana Garay

Predadores Assassinos“, com distribuição da Paramount Pictures e direção de Alexandre Aja, trouxe elementos que poderia ser um filme assustador, principalmente, por se tratar de fatos que, embora seja existentes, podem mexer com o imaginário tais como: furacão, casa abandonada e jacarés. Esse por ser uma figurina que deveria estar no seu habitat natural, longe da civilização, se encontra preso num parque de jacaré e detalhe: eles são enormes.

Logo no início do filme, mostra a atleta de natação Haley Keller (personagem de Kaya Scodelario) que se prepara para uma competição que poderia ser sua última. Nota-se que todos estavam preocupados com a grande tempestade que se aproximava da pequena cidade localizado no estado da Flórida. Diversos avisos e alertas foram emitidos por líderes políticos, comunicadores e policiais da região, mas Haley parecia não estar preocupada e também não tinha uma boa relação familiar. Ela então decide visitar seu pai (personagem de Barry Pepper) para tranquilizar sua irmã, que mora fora cidade. Nada parece surpreender Haley, que demonstra aspecto sempre de teimosia, seguido de gestos que acabam transmitindo algum tipo de trauma, ao longo do filme acaba sendo esclarecido sobre a história de sua família.

Sem resposta das diversas ligações e mensagens que enviaste para seu pai, Haley desobedece as ordens de todos e segue para o vilarejo afastado da região, o qual foi emitido um alerta para que a população deixasse o lugar. Embora tivesse diversos riscos, a preocupação com seu pai e desespero em querer o encontrar foi maior. Ela seguiu até casa dele o qual só localizou o cachorro e acabou levando até o terrível destino: a sua antiga casa.

Havia poucos vizinhos, porém também estavam de partida, afinal o governo emitiu um alerta para deixarem aquela parte da cidade. Haley decidi procurar seu pai pela casa e encontra o porão aberto, que fica embaixo da antiga residência. Embora o ambiente estivesse sujo e escuro, ela acaba descendo onde encontra seu pai inconsciente e muito machucado. É nesse cenário que ocorre boa parte do filme, onde os dois estão preso no porão com apenas um jacaré gigante até então.

Claro que todo filme desse gênero conta com a clássica trilha sonora de suspense para impactar com as cenas de sustos. Dessa forma, mexe ainda mais com o imaginário, no entanto, isso acontece somente nas primeiras partes do filme. Pois são tantos berregues para se enfrentar, que o torna cansativo, sem saber ao certo onde o filme quer chegar.

Um dos detalhes que acaba decepcionando é a técnica utilizada para criar a figura do jacaré, que seria então o principal monstro do longa, pois os efeitos visuais acabam entregando bastante a parte gráfica.

Nesse sentido, leva para uma história fantasiosa sem ao menos ter a naturalidade na produção. Em uma determinada cena, isso também acontece quando Haley tentar abrir o porão e cai diversas aranhas em seu rosto, perdendo toda a graça do ato de tensão no momento.

Alguns aspectos de “Predadores Assassinos” acabaram prejudicando de certa forma o que poderia ser um incrível filme de suspense para este ano. Haley e seu pai, como também outros personagens que acabaram parecendo na história, sofreram tanto que não saberia ao certo definir se o final “feliz” se tornou satisfatório. Talvez pelo fato de não ter ocorrido nada de ruim com o dog da família. Esse sim dá para sentir mais pena, pois acabamos nos identificando com apego ao animal indefeso.

O longa “Predadores Assassinos” estreia nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, nos cinemas brasileiros.

Predadores Assassinos
Alexandre Aja

Nota: 2,0/5,0
Drama/Suspense

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *