Crítica: Hellboy (2019)

Por Rayana Garay

O irreverente Hellboy está descobrindo as suas origens em seu novo longa, dirigido por Neil Marshall. O filho do demônio, que já lutou tanto nas duas obras do cinema que já conhecemos, agora estreará nos cinemas brasileiros, no dia 16 de maio, com um reboot e não uma continuação em si dos filmes anteriores. Embora não há uma continuação, Hellboy parece estar perdido, cansado e ainda mais sombrio. Ele acaba sendo perseguido pelos seus inimigos que também fazem parte de sua trajetória.

O principal dilema é o motivo da sociedade detestar tanto esses seres sombrios, isso faz com que o longa tenha altos e baixos. O filme inicia com uma história do século V, quando a Rainha de Sangue, Nimue, (personagem de Milla Jovovich) estaria pronta para destruir a humana, já que havia jogado uma praga da peste negra. Mas ela foi impedida pelo Rei Arthur, sim, esse mesmo rei que conhecemos sobre a espada, que corta o corpo da Nimue em pedaços para evitar que a profecia se concretizasse.

Passados aos anos, de fato para época atual, o nosso demônio herói está em busca de seu amigo, mas acaba se desentendendo. Hellboy (personagem de David Harbour) acaba o matando seu amigo, mas antes de falecer, ele menciona uma profecia que permeia durante a trama. Como dito anteriormente, Hellboy encontra diversos inimigos e, até mesmo quem ele considera amigo, quer vê-lo morto.

O reboot de Hellboy não trouxe surpresas e deixa alguns furos durante as cenas. Sabemos o quanto é difícil produzir uma nova obra sobre a história, porém o diretor Neil Marshall deveria ter aproveitado um pouco mais. Porém não era somente ele que tinha a missão de suprir o sucesso anteriores, o ator que interpretou o demônio herói, David Harbour, apresentou uma proposta diferente do personagem que já conhecemos.

Hellboy não é mais engraçado, não faz piadas e nem é um pouco irônico e isso gera um desconforto que quebra aquele clímax. David interpretou um Hellboy mais sombrio e completamente revoltado. A mesma situação serve para o pai de Hellboy, o Professor Bruttenholm (personagem de Ian McShane) que está mais frio e severo em suas cenas. As novas figuras da obra estão a feiticeira Nimue (personagem de Milla Jovovich), a Alice Monage (personagem de Sasha Lane) e Ben Daimio (personagem de Daniel Dae Kim), acabam enriquecendo as cenas, trazem diversos efeitos visuais, sonoros e até mesmo o roteiro, mas não passa disso. Hellboy tinha tudo para ser mais um filme de sucesso sobre a obra, porém as mais de duas horas não foram aproveitadas. Em partes parece um tédio sem fim, que ao final pode trazer melhorias.

Hellboy (2019)
Neil Marshall
Nota: 6,5
Sobrenatural/Fantasia.2h28m

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