Falsa esperança da minha mãe

Por Gilberto Malheiros

Hoje é domingo, acordo tarde, e tento reorganizar meus papéis picados. Queria ter a esperança da minha mãe. Ela acha que sou o Chuck Norris. Sempre diz que vou superar meus erros de pontuação, que sou especial, que meu cabelo é bonito e que sou tão inteligente quanto o Zuckerberg.

Mas infelizmente não é assim. Aprendo lendo Hornby, escutando o Noel Gallagher que no “Little by Little”, que nada fácil. Atiro em alvos que não tenho como acertar, aposto nas chances já perdidas, jogo minhas fichas na maquina estragada do fliperama e, isso tudo, por motivos que eu ainda não descobri.

O Divino me faz acreditar nessas coisas, mas não é só isso. O que me faz procurar horizontes, projetar, acreditar e lembrar que amanhã é outro dia, são as falsas esperanças da minha mãe.

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