Lá estava eu, entre encontros e despedidas.
Entre os rangidos dos carrinhos e o vai-e-vem das pessoas.
Lá estava eu, à espera do meu amado.
Com sorriso de orelha a orelha; com as mãos suadas de nervosismo.
É sempre assim.
Acordar cedo, não conseguir dormir e nem comer direito. Ultrapassar limites e barreiras só para te ver,
É sempre assim a espera angustiante para ver o melhor sorriso, sentir o melhor abraço e melhor cheiro.
Conversar até não poder mais, rir do outro sem perder a graça.
Lá estava eu, entre o fechar e abrir da porta,
subida e descida de escada.
Só para vê-lo.
É sempre assim.
Só que naquele dia, e mais um, perdi de vê-lo.
Não te vi chegar, não te vi partir. Não pude sentir o melhor abraço e ver o melhor sorriso.
E mais uma vez perdi a oportunidade de ver meu amor, de ver meu amado.
