“Eu queria parafrasear a banda Menudo e dizer: ‘Não se reprima’, e não deixe que ninguém seja capaz de escolher o tamanho do teu sonho”, foi assim que o vocalista da banda Fresno, Lucas Silveira, começou a apresentação no show de domingo. Quem esteve entre a multidão que lotou o Bar Opinião , na noite do dia 5 de maio, pôde dividir essa vibe com Lucas e toda a banda. O clima foi de nostalgia, afinal, o show faz parte da turnê de 10 anos do álbum Ciano, que foi apresentado ao público na íntegra.
As primeiras apresentações foram no Rio Grande do Sul, onde tudo começou. Nada mais justo, segundo o vocalista: “Afinal de contas Deus é gaúcho né, gente?”. O show de sábado foi em Caxias do Sul e o de sexta-feira em Pelotas. A próxima semana a tour passará por Montenegro e depois a banda segue para São Paulo.
Um dos auges do show foi quando o ex-bateria da Fresno, Pedro Cupertino subiu ao palco e tocou uma musica com a banda. Cuper deixou o grupo em 2008 por divergências que surgiram, dando lugar a Bell, que na época tocava na banda Abril, projeto paralelo de Tavares (ex-baixista da Fresno).
Os primeiros grandes sucessos da banda fazem parte desse disco. Foi com Ciano que a Fresno conquistou um público ainda maior. Ouvimos hits como “Quebre As Correntes”, “Alguém que Te Faz Sorrir”, sem contar as faixas bônus que são regravações do primeiro álbum da banda O Quarto dos Livros. “Às vezes a gente tem que ser brega e eu sei fazer isso como poucas pessoas. Imagina, meu sonho é ter um especial de fim de ano igual o show do Roberto Carlos”, brincou. “Mas são umas músicas meio bad vibe, né?”, reconheceu o vocalista da banda.
Durante o show, Lucas contou que a banda sentiu uma necessidade de relembrar essas faixas, pois foi com Ciano que a Fresno passou a construir algo maior, então a ideia foi resgatar toda essa história.
Por fim, trazendo a tona todo o sentimento das letras da época, o vocalista escolheu a música “Teu Semblante” para deixar uma mensagem sobre amor: “a Fresno nada mais é do que uma banda que canta sobre esse sentimento que não simplesmente existe, mas é o mais forte que há!”.
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Por Nahiene Alves